Corpo de Bombeiros reforça alerta aos banhistas 5r3p6u
O Lago Paranoá, cartão-postal de Brasília e um dos principais destinos de lazer ao ar livre do Distrito Federal, tem registrado um aumento preocupante nas ocorrências de afogamento. Só nos quatro primeiros meses de 2025, o Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) já confirmou quatro mortes no lago. Em todo o DF, foram 89 atendimentos classificados como “afogamento ou salvamento aquático” entre janeiro e abril.
De acordo com o CBMDF, os casos de afogamento no Distrito Federal ocorrem, principalmente, em três contextos: no Lago Paranoá, em residências com piscinas e em cachoeiras ou córregos. Em regiões como Brazlândia e Planaltina, as ocorrências costumam estar ligadas a quedas em cachoeiras, enquanto áreas urbanas como Guará, Park Way e Taguatinga concentram acidentes em piscinas particulares. Já o Lago Paranoá lidera em número de ocorrências públicas com grande fluxo de banhistas.
Neste ano, o Plano Piloto lidera o ranking de ocorrências com 43 casos, seguido por Lago Sul (15), Jardim Botânico (12), Ceilândia (4), Planaltina (4), Lago Norte (2), Park Way (2), Sobradinho (2), Taguatinga (2), e com um caso registrado em Águas Claras, Brazlândia e Guará.
Fatores de risco no Lago Paranoá
Segundo o Capitão Ramon Lauton, do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), o principal fator é o desconhecimento sobre os perigos da região.
“A profundidade do lago é bastante irregular. Às vezes, em um o, o banhista sai de uma área rasa e já se encontra em um ponto com mais de cinco metros de profundidade, mesmo próximo à margem”, explica o capitão. A água turva, que compromete a visibilidade, e a presença de pedras ou pedaços de madeira no fundo também contribuem para os riscos de acidentes.
O CBMDF mantém cinco pontos com guarda-vidas ativos aos fins de semana e feriados, entre 10h e 18h. Os postos estão localizados na ponte da água da Ponte JK, no Deck Norte, na ponte do Braguetto, na Ermida Dom Bosco, na Pracinha dos Orixás e no Piscinão do Lago Norte. Cada ponto conta com três militares especializados.
Outra orientação importante é não superestimar a própria capacidade de natação. “Muita gente acredita que pode atravessar longas distâncias e acaba se cansando, tendo cãibras ou ando mal no meio do caminho”, alerta Lauton. Também é fundamental evitar o uso de boias improvisadas, como colchões infláveis, câmaras de pneu ou caixas de isopor, que podem furar ou virar com facilidade, colocando o banhista em risco.